Você sabia que na maior parte dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes o agressor é um conhecido da família? Acredita que abusos sexuais podem acontecer mesmo na presença de outras pessoas? Já te contaram que algumas vítimas continuam demonstrando apego por seu ofensor mesmo detestando os abusos? Ou que alguma situações de abuso são disfarçadas como um cuidado ou carinho, causando dúvidas até em adultos sobre o que realmente aconteceu?
Essas, entre outras perguntas, envolvem aspectos que causam ansiedade nos pais e que são complicados de assimilar até mesmo para quem trabalha com crianças e adolescentes. Falar em abuso sexual é sempre impactante e o grande problema disso é que nossa mente muitas vezes cria defesas que dificultam a aceitar, por exemplo, uma revelação de abuso, que aquele grande amigo é um abusador ou que certas demonstrações de afeto que você tem com o seu filho são inapropriadas e o expõe a riscos.
Quando se fala na violência sexual contra crianças e adolescentes, há muitos mitos, preconceitos e confusões sobre a realidade das coisas e sobre as melhores estratégias de prevenção. Além do mais, falar de sexualidade e dos perigos do mundo costuma ser bastante constrangedor para os pais no diálogo com seus filhos. Sabemos disso!
A melhor estratégia para lidar com toda essa problemática é investir em conhecimento. Em qualquer entrave que temos na vida, fica mais fácil resolver quando a gente se sente preparado. Muito da sensação de angústia sobre o abuso sexual se desfaz quando você encontra a informação certa para o seu filho, que considera a idade dele e o perfil da sua família. Bons conteúdos te capacitam também para tomar decisões em casa que auxiliam as crianças e as adolescentes a se protegerem no mundo, como no que diz respeito à nudez, aos hábitos quanto ao banho, crianças dormindo na mesma cama dos pais ou suas reações quando encontrar um filho se masturbando. Todas essas são situações com as quais qualquer pessoa que tenha uma criança ou adolescente por perto pode acabar se deparando e é necessário estar preparado para isso.
Se informe mais, pesquise, faça cursos, leia livros, converse com profissionais e dedique-se a ter cada vez mais conteúdo sobre a violência sexual de crianças e adolescentes. Lembre-se que CONHECIMENTO É PROTEÇÃO e que, por isso, está em suas mãos um amplo número de possibilidades para deixar seu filho mais seguro.
Liliane Domingos Martins