10 de fevereiro de 2021Comments are off for this post.

09 de fevereiro – Dia Mundial da Internet Segura

Cyberbullying, fakes, sexting, stalking… uma série de palavras em inglês que podem ser bem difíceis de entender, mas que dizem respeito a alguns problemas comuns na relação de crianças e adolescentes com a internet. Para muitos, pode parecer que, estando restritas ao ambiente virtual, tais questões trazem menos danos à vida das pessoas, mas isso não é verdade. Esses termos demonstram que a rede mundial de computadores muitas vezes permite que nossos pequenos fiquem mais desprotegidos, propensos a aproximações abusivas de terceiros, de forma que é essencial a educação deles para o estabelecimento de interações mais conscientes e responsáveis no uso de dispositivos tecnológicos.

Na internet, os usuários estão suscetíveis a sofrerem assédios, aliciamento, ameaças, chantagens, receber demandas de ordem sexual e à exposição indesejada à pornografia. Antigamente, quando as pessoas ensinavam as crianças a preocuparem-se com estranhos, alertavam para os perigos nas ruas, sendo que hoje em dia esse risco é mais frequente pelas mídias digitais, onde costuma haver menos controle por parte dos pais.

Foi preocupada com essa situação e pensando na necessidade de deixar as pessoas melhor informadas sobre tais assuntos que surgiu o Safer Internet Day, ou seja, o Dia da Internet Segura. A data é comemorada anualmente desde 2004 e foi criada pela Rede Insafe na Europa, tendo se expandido com ações por todo o mundo. Em 2021, o tema da campanha é “Juntos por uma internet melhor”, com o objetivo de que o cenário virtual seja mais seguro para todos, principalmente crianças e adolescentes.

Como parte das iniciativas desse dia, as pessoas são convidadas a buscarem e a multiplicarem estratégias para que as rotinas online se tornem menos perigosas e mais respeitosas. Adultos responsáveis como pais e professores são incentivados a encontrarem na própria internet por recursos de monitoramento e de promoção de mais saúde no acesso aos ambientes virtuais. Há muitos jogos, cartilhas e vídeos com esse conteúdo na rede e todo esforço com a intenção de disciplinar um uso mais positivo pode ser divulgado com a #SID2021. Discuta o assunto em seu meio e participe!

Liliane Domingos Martins

2 de dezembro de 2020Comments are off for this post.

Como Proteger seu Filho na Internet

A internet é uma importante ferramenta de comunicação moderna e que nos permite acessar um imenso número de informações de forma simples e rápida. Principalmente nesses tempos de isolamento social por conta da pandemia de COVID-19, a rede mundial de computadores se destacou como um recurso bastante útil para manter boa parte das pessoas trabalhando, bem como para conseguir meios de interação e de lazer. Mesmo com tais vantagens, é necessário saber que a internet também pode representar riscos às crianças e adolescentes em relação à violência sexual.

Os “bate-papos” ou chats são serviços que merecem o alerta dos adultos. Esse tipo de ambiente virtual está presente em praticamente qualquer página da internet, mas são nas redes sociais e nos jogos que eles mais comumente são acessados por abusadores. Ali, as estratégias mais usuais empregadas pelos agressores envolvem: 

  1. se passar por uma criança ou adolescente de mesma idade da vítima; 
  2. seduzir a vítima com elogios, ofertas de presentes, premiações, dinheiro, contato com alguém famoso ou com meios de torná-la famosa.

Ambas as situações costumam ser usadas pelos agressores para se aproximarem das vítimas, estreitando laços de amizade e intimidade até conseguirem com que lhes enviem fotos de seus corpos em trajes de banho ou despidos, os nudes. O material recebido, por sua vez, acaba se espalhando na internet através de trocas de mídias entre pedófilos, o que alimenta a indústria da pornografia infanto-juvenil. Ainda mais grave do que isso, em outros casos, o ofensor usa essas fotos para chantagear a criança/adolescente, exigindo que se encontrem pessoalmente. Essa intimidação aumenta a possibilidade de que a violência saia do contexto cibernético e se torne um abuso sexual físico. 

Crianças e adolescentes são ensinados sobre como se comportar dentro e fora de casa, na escola, na igreja, em aglomerações, no contato com pessoas doentes, com idosos, etc. Nessas circunstâncias, são alertados quanto ao que se espera deles, aos limites das interações, aos perigos a que estão expostos, entre outras várias lições. Da mesma forma, eles devem ser educados para um uso positivo da internet. Devem entender que aquilo que fazem quando estão online tem implicações no mundo real e que algumas dessas consequências podem ser bastante graves.

Assim, no caso de crianças mais novas, é recomendável que os chats sejam bloqueados ou vistoriados com frequência pelos pais. Elas também devem ser orientadas a nunca fornecer seus dados pessoais ou os de seus familiares. Existem vários aplicativos criados para auxiliar adultos responsáveis a darem mais segurança e a controlarem o conteúdo que esses pequenos podem acessar.

Quando se trata de adolescentes, as conversas e orientações funcionam bem melhor. Regras de uso da internet devem ser estabelecidas e é interessante planejar a supervisão das rotinas de uso do computador do jovem, de preferência com a participação dele na definição quanto aos limites dessas intervenções. O diálogo aqui é essencial, com esclarecimentos sobre as razões do monitoramento. Em famílias muito rígidas, rapazes e moças podem evitar contar sobre abordagens indevidas que recebem pela internet com medo de que os pais proíbam seus acessos à rede.

No caso de serem identificadas situações abusivas online contra alguma criança ou adolescente, recolha todas as informações possíveis sobre o caso. Faça prints de conversas, guarde o endereço eletrônico de acesso àquela página e reúna dados do perfil do aliciador. Com isso em mãos, denuncie!

Liliane Domingos Martins